Giselle
Balé romântico em dois atos
Libreto: Vernoy e Saint-Georges, Théophile Gautier e Jean Coralli Coreografia: Jules Perrot e Jean Coralli
Cenários: Pierre Ciceri
Música: Adolphe Adam
Figurinos: Paul Lormier
Estréia mundial: 28 de junho de 1841 no Théâtre de l’Academie Royale de Musique, em Paris. Carlota Grisi interpretou Giselle; Lucien Petipa, o conde Albrecht; Adèle Dumilâtre, Myrtha, Rainha das Willis; Jean Coralli, Hilarion.
Libreto: Vernoy e Saint-Georges, Théophile Gautier e Jean Coralli
Cenários: Pierre Ciceri
Música: Adolphe Adam
Figurinos: Paul Lormier
Estréia mundial: 28 de junho de 1841 no Théâtre de l’Academie Royale de Musique, em Paris. Carlota Grisi interpretou Giselle; Lucien Petipa, o conde Albrecht; Adèle Dumilâtre, Myrtha, Rainha das Willis; Jean Coralli, Hilarion.
O poeta Théophile Gautier, juntamente com o dramaturgo Jules-Henri Vernoy de Saint-Georges, baseado na obra De l'Allemagne (1835), de Heinrich Heine, criou o libreto do ballet Giselle, em homenagem à sua amada, a bailarina Carlotta Grisi.
O libreto foi pautado em um primeiro ato realista, que retrata as desigualdades sociais e o amor impossível de um nobre e uma camponesa, já no segundo ato há um contraste, trata-se de uma fantasia, um cemitério, em meio a uma floresta, repleto de seres etéreos, sobrenaturais, as Wilis.
Tal contraste em grande parte foi contribuição de Vernoy, que escolheu pela morte de Giselle no primeiro ato para que a transição pudesse ocorrer.
A música ficou sob responsabilidade de Adolph Adam, ficando pronta por completo em apenas 3 semanas, para tanto Adam utilizou-se de trechos do ballet Le Pirate, também composto por ele, um ano antes, tal prática era muito comum no passado, o que não prejudicou a partitura de Giselle.
Quanto à coreografia, esta ficou à encargo de Jean Coralli, tendo Jules Perrot, marido de Grisi, como mero colaborador, mas sem que ganhasse nenhum crédito por isso. No entanto, grande parte deste ballet foi coreografado por Perrot, principalmente os solos de Giselle, a cena da loucura, bem como a dança de Hilarion e as Wilis. Somente anos mais tarde, já no século XX, por intervenção de Serge Lifar, a Ópera de Paris incluiu o nome de Perrot como co-autor da coreografia.
O pas de deux Peasant foi inserido no ballet Giselle no último minuto, para Nathalie Fitzjames, em favor a uma influente patrocinadora, Mlle. Fitzjames, tendo sido dançado com Auguste Mabille.
O ballet foi um absoluto sucesso em sua estréia, aclamado pela crítica e pelo público, principalmente por apresentar todo o Corpo de Baile dançando com sapatilhas de ponta.
Após sua estréia em 1841, uma série de modificações corográficas foram feitas, primeiramente pelo próprio Julles Perrot e em seguida por Arthur Saint-Leon, no entanto a mais relevante foi a de Marius Petipa em 1887, tornando-se a versão mais conhecida desde então.
O libreto foi pautado em um primeiro ato realista, que retrata as desigualdades sociais e o amor impossível de um nobre e uma camponesa, já no segundo ato há um contraste, trata-se de uma fantasia, um cemitério, em meio a uma floresta, repleto de seres etéreos, sobrenaturais, as Wilis.
Tal contraste em grande parte foi contribuição de Vernoy, que escolheu pela morte de Giselle no primeiro ato para que a transição pudesse ocorrer.
A música ficou sob responsabilidade de Adolph Adam, ficando pronta por completo em apenas 3 semanas, para tanto Adam utilizou-se de trechos do ballet Le Pirate, também composto por ele, um ano antes, tal prática era muito comum no passado, o que não prejudicou a partitura de Giselle.
Quanto à coreografia, esta ficou à encargo de Jean Coralli, tendo Jules Perrot, marido de Grisi, como mero colaborador, mas sem que ganhasse nenhum crédito por isso. No entanto, grande parte deste ballet foi coreografado por Perrot, principalmente os solos de Giselle, a cena da loucura, bem como a dança de Hilarion e as Wilis. Somente anos mais tarde, já no século XX, por intervenção de Serge Lifar, a Ópera de Paris incluiu o nome de Perrot como co-autor da coreografia.
O pas de deux Peasant foi inserido no ballet Giselle no último minuto, para Nathalie Fitzjames, em favor a uma influente patrocinadora, Mlle. Fitzjames, tendo sido dançado com Auguste Mabille.
O ballet foi um absoluto sucesso em sua estréia, aclamado pela crítica e pelo público, principalmente por apresentar todo o Corpo de Baile dançando com sapatilhas de ponta.
Após sua estréia em 1841, uma série de modificações corográficas foram feitas, primeiramente pelo próprio Julles Perrot e em seguida por Arthur Saint-Leon, no entanto a mais relevante foi a de Marius Petipa em 1887, tornando-se a versão mais conhecida desde então.
Ato I
A bela Giselle vivia nos campos da Alsácia, França. No período da colheita da uva as festas atraíam os nobres para a região. O Duque Albrecht, ao ver Giselle dançar, encanta-se com a moça e decide separar-se do grupo de nobres, juntamente com um amigo seu, para fazer-se passar por camponês e tentar uma aproximação.
Giselle apaixona-se por Albrecht, acreditando que este fosse um lenhador chamado Loys, sem saber que ele é noivo da princesa Bathilde. Porém Hilarion, amigo de Giselle desde a infância e pretendente de seu amor, tenta mostrar à moça a verdadeira identidade de Loys, no entanto ela prefere acreditar na sinceridade de seu amado.
Um grande grupo de nobres chega ao lugar, dentre eles o Duque de Courland e sua filha Bathilde. Todos comem, bebem e enquanto isso Bathilde conversa animadamente com Giselle, como agradecimento aos momentos agradáveis a princesa dá à Giselle um colar de ouro.
Os nobres pedem para descansar na casa de Giselle antes de continuarem seu passeio. Enquanto isso Hilarion planeja a melhor forma de desmascarar Albrecht, decide então entrar na cabana onde o rapaz diz morar, ao chegar lá encontra a espada e as roupas de nobre.
Giselle naquele momento está muito feliz, pois acaba de ser coroada Rainha da Vindima de sua aldeia, quando Hilarion mostra-lhe a espada e as roupas ainda assim ela reluta em acreditar, mas o rapaz chama todos os nobres para fora e Bathilde logo confirma seu noivado com o Duque Albrecht. A camponesa começa a dançar desesperadamente, enlouquece com a desilusão e acaba morrendo.
Giselle apaixona-se por Albrecht, acreditando que este fosse um lenhador chamado Loys, sem saber que ele é noivo da princesa Bathilde. Porém Hilarion, amigo de Giselle desde a infância e pretendente de seu amor, tenta mostrar à moça a verdadeira identidade de Loys, no entanto ela prefere acreditar na sinceridade de seu amado.
Um grande grupo de nobres chega ao lugar, dentre eles o Duque de Courland e sua filha Bathilde. Todos comem, bebem e enquanto isso Bathilde conversa animadamente com Giselle, como agradecimento aos momentos agradáveis a princesa dá à Giselle um colar de ouro.
Os nobres pedem para descansar na casa de Giselle antes de continuarem seu passeio. Enquanto isso Hilarion planeja a melhor forma de desmascarar Albrecht, decide então entrar na cabana onde o rapaz diz morar, ao chegar lá encontra a espada e as roupas de nobre.
Giselle naquele momento está muito feliz, pois acaba de ser coroada Rainha da Vindima de sua aldeia, quando Hilarion mostra-lhe a espada e as roupas ainda assim ela reluta em acreditar, mas o rapaz chama todos os nobres para fora e Bathilde logo confirma seu noivado com o Duque Albrecht. A camponesa começa a dançar desesperadamente, enlouquece com a desilusão e acaba morrendo.
Ato II
Hilarion observa o tumulo de Giselle, soa meia-noite, o momento da materialização das Willis. As Willis são espíritos de moças que foram enganadas por seus noivos e morreram antes do casamento. Como vingança elas fazem dançar até a morte os homens que encontram na floresta.
Myrtha, é a Rainha das Willis, e naquele momento iniciaria Giselle em seus ritos. Hilarion é perseguido pelas almas até sua morte. Quando Albrecht leva lírios até o túmulo, Giselle aparece, mas Myrtha já havia condenado o rapaz a dançar até a morte. Giselle, ainda apaixonada, consegue poupar a vida de seu amado protegendo-o com a cruz de seu túmulo, amparando-o na dança, até a aurora, momento em que as Willis se desmaterializam.
Hilarion observa o tumulo de Giselle, soa meia-noite, o momento da materialização das Willis. As Willis são espíritos de moças que foram enganadas por seus noivos e morreram antes do casamento. Como vingança elas fazem dançar até a morte os homens que encontram na floresta.
Myrtha, é a Rainha das Willis, e naquele momento iniciaria Giselle em seus ritos. Hilarion é perseguido pelas almas até sua morte. Quando Albrecht leva lírios até o túmulo, Giselle aparece, mas Myrtha já havia condenado o rapaz a dançar até a morte. Giselle, ainda apaixonada, consegue poupar a vida de seu amado protegendo-o com a cruz de seu túmulo, amparando-o na dança, até a aurora, momento em que as Willis se desmaterializam.
La Sylphide
Balé romântico em dois atos e três cenas
Libreto: Adolphe Nourrit
Coreografia: Filippo Taglioni
Cenários: Pierre Ciceri
Música: Jean Schneitzhoeffer
Figurinos: Eugène Lami
Estréia mundial: 12 de março de 1832, no Théâtre de l’Academie Royale de Musique, em Paris. Maria Taglioni interpretou a Sílfide e Mazilier foi James.
Libreto: Adolphe Nourrit
Coreografia: Filippo Taglioni
Cenários: Pierre Ciceri
Música: Jean Schneitzhoeffer
Figurinos: Eugène Lami
Estréia mundial: 12 de março de 1832, no Théâtre de l’Academie Royale de Musique, em Paris. Maria Taglioni interpretou a Sílfide e Mazilier foi James.
Libreto
Em uma fazenda na Escócia vive James, noivo de Effie, sua vizinha. Alguns dias antes do casamento, ao adormecer em uma cadeira de balanço, o rapaz sonha com uma bela jovem desconhecida, usando um traje branco, longo e transparente. Ao acordar, para sua surpresa, encontra ao seu lado a Sílfide, ser alado e etéreo que habita as florestas. James fica dividido entre sua noiva e a Sílfide.
Gurn, amigo de James e também apaixonado por Effie, começa a desconfiar das atitudes estranhas de seu amigo, acaba descobrindo as visitas que a Sílfide faz ao rapaz e vai imediatamente contar a Effie, mas esta não lhe dá atenção.
Durante a festa chega uma estranha velha chamada Madge, é na verdade uma feiticeira, que pede para ler a mão de Effie. Ao ler, a velha diz que Effie se casará, mas não será com James. Irritados, os noivos expulsam a feiticeira.
No momento da cerimônia, quando James vai colocar a aliança no dedo de sua noiva a Sílfide reaparece, implorando que não se case, pois ela morrerá se isso acontecer. Desaparece tão misteriosamente como quando apareceu.
James sai correndo em direção a floresta, deixando Effie no altar. Encontrar a Sílfide em uma clareira, abraça-a e em seguida aparece Madge, que após ser expulsa da festa jurou vingança. A feiticeira oferece a James um xale, dizendo que ao coloca-lo nos ombros da Sílfide ela tornaria-se uma mortal.
O rapaz obedece, sem nem desconfiar, porém ao colocar aquele xale enfeitiçado as asas da Sílfide são cortadas, as asas que simbolizam a sua imortalidade, a moça morre em seus braços. Completando sua vingança, Madge chama a atenção de James para os sinos da igreja que badalam, indicando o casamento de Effie e Gurn.
Gurn, amigo de James e também apaixonado por Effie, começa a desconfiar das atitudes estranhas de seu amigo, acaba descobrindo as visitas que a Sílfide faz ao rapaz e vai imediatamente contar a Effie, mas esta não lhe dá atenção.
Durante a festa chega uma estranha velha chamada Madge, é na verdade uma feiticeira, que pede para ler a mão de Effie. Ao ler, a velha diz que Effie se casará, mas não será com James. Irritados, os noivos expulsam a feiticeira.
No momento da cerimônia, quando James vai colocar a aliança no dedo de sua noiva a Sílfide reaparece, implorando que não se case, pois ela morrerá se isso acontecer. Desaparece tão misteriosamente como quando apareceu.
James sai correndo em direção a floresta, deixando Effie no altar. Encontrar a Sílfide em uma clareira, abraça-a e em seguida aparece Madge, que após ser expulsa da festa jurou vingança. A feiticeira oferece a James um xale, dizendo que ao coloca-lo nos ombros da Sílfide ela tornaria-se uma mortal.
O rapaz obedece, sem nem desconfiar, porém ao colocar aquele xale enfeitiçado as asas da Sílfide são cortadas, as asas que simbolizam a sua imortalidade, a moça morre em seus braços. Completando sua vingança, Madge chama a atenção de James para os sinos da igreja que badalam, indicando o casamento de Effie e Gurn.
Dom Quixote
Coreografia: Marius Petipa
Música: Leon Minkus
Estréia Mundial: 1869, em Moscou.
Na praça do mercado, em Barcelona, Quitéria (Kitri) está sendo forçada por seu pai a aceitar a corte do rico comerciante Gamanche, que deseja se casar com ela.
A moça, apaixonada pelo barbeiro Basílio, reluta insistentemente. Dom Quixote chega à praça e presencia a cena, logo vendo em Quitéria a alucinação de Dulcinéia, a mulher de seus sonhos.
D. Quixote desafia Gamanche para um duelo, sendo expulso da cidade. Basílio, por sua vez, desesperado ante a perspectiva do casamento de Kitri com Gamanche, finge estar se suicidando, e pede ao pai da moça que lhe satisfaça um último desejo, concedendo-lhe a mão de Quitéria em casamento. O pai cede, e para o seu espanto, Basílio se levanta radiante de saúde e felicidade, para abraçar a amada.
D. Quixote, expulso da cidade, acampa à beira dos moinhos, onde encontra o rei dos ciganos, que organiza uma festa para ele. O velho bebe demais e acaba vítima de suas fantasias, pois ataca carroças de marionetes e os moinhos de vento, julgando estar em batalha com gigantes inimigos.
Ao final da batalha, o velho dorme, e sonha com os jardins de Dulcinéia, povoados por seres fantásticos. Um duque que passava por ali acorda o fidalgo e convida-o a pousar em seu castelo. Lá, numa festa em homenagem ao cavaleiro, seu amigo Carrasco simula com ele uma batalha, convencendo-o ao final de abandonar as ilusões e voltar a viver na realidade.
Enquanto isso, na praça de Sevilha, o casamento de Quitéria e Basílio é celebrado.
O Corsario
Num lugar muito distante existia uma ilha habitada por um violento bando de piratas que viviam de aventuras no mar, liderados pelo poderoso e temido chefe Conrado, o Corsário.
Para celebra o casamento do chefe pirata com a bela e fascinante Medora, o grupo organizou uma grande festa onde todos se divertiam bastante: comendo, bebendo e dançando o quanto podiam. Todos estavam muito alegres até o momento em que a tristeza toma conta do coração do noivo, quando se lembra que naquele mesmo dia deverá partir para o mar com seus homens, deixando a noiva em lágrimas, já cheia de saudade.
O grupo de piratas parte para o outro lado do mundo pensando em atacar o harém de paxá Seyd, rico e temido soberano que gasta seu carinho e riqueza cobrindo de jóias sua jovem favorita Guinara, que lhe obedece sempre, mesmo sem ter muito amor por ele.
Um dia, quando os dois estão juntos trocando carícias e se divertindo com os pajens e dançarinos reais, a tranqüilidade do reino é interrompida pela invasão dos bandidos do mar, que entram no palácio e destroem, tudo à procura de riquezas. Os habitantes da casa real tentam fugir, mas são perseguidos e presos pelos piratas, menos a jovem Guinara que por sua calma e simpatia é respeitada e bem tratada pelo bando.
Ficando ao lado dos piratas e conhecendo melhor Conrado e seus homens, Guinara se apaixona loucamente por aquele jovem aventureiro ao mesmo tempo corajoso, assustador e delicado.
Certos de sua vitória definitiva, os piratas se ocupam nos dias seguintes da arrumação dos tesouros conquistados para voltarem em breve para sua ilha. Desprevenidos e despreocupados como estavam, não ladrões do seu reino e recuperar suas riquezas. Pegos de surpresa os piratas perdem a batalha e o chefe Conrado é preso e condenado a morte.
Desesperada, com medo de perder o seu grande amor, Guinara aproveita um momento de repouso de Seyd e o apunhala mortalmente. Percebendo que havia morto o poderoso Paxá, a moça se dirige cuidadosamente. Às escondidas, até a cela onde Conrado estava trancado e os dois conseguem fugir juntos para a ilha dos piratas.
Depois de uma longa e perigosa viagem, lutando contra o mar revolto e as tempestades, o casal consegue chegar às terras onde a muito tempo atrás Conrado deixara seus amigos e sua noiva.
Por causa da demora da viagem dos piratas e falta de notícias, todos pensaram que Conrado e seu bando haviam morrido e jamais voltariam. Medora, a noiva deixada no dia das bodas, certa da morte do noivo, não se conforma e morre de tristeza.
Chegando à ilha, o chefe fica sabendo de tudo que se passara na sua ausência e a atitude tomada pela pobre Medora enche de pena o coração de Conrado fazendo renascer o seu amor pela moça. Desesperado, procura seu corpo sem vida e o abraça por muito tempo. Nada mais volta a interessá-lo, nem Guinara, nem seus companheiros, nem as aventuras no mar. Foge de tudo e de todos, vai embora para longe e sozinho se atira do penhasco mais alto da ilha, na esperança de encontrar de novo sua antiga amada em outra vida.
Ballet em 3 atos e 5 cenas
Coreografia: Giovanu Galzerani / Mazilier / Jules Perrot
Música: Adolpho Adam
História: Lord Byron
1ª apresentação: 16 de agosto de 1826, Teatrp Scala de Milão – Itália
La bayadere
Música: Ludwing Minkus
Libreto: Khudenov
Coreografia de Marius Petipa.
Estréia no Teatro Marinsky de São Petersburgo, a 4 de fevereiro de 1877.
O primeiro ato nos apresenta um templo hindu.
Solor, contente por ter sido bem sucedido numa caçada, manda um servo levar ao rajá um tigre por ele morto.
O jovem guerreiro permanece no templo, pois espera ver sua amada Nikia. Quando ele sai um sacerdote brâmane entra com bailadeira, e tenta confessar-lhe seu amor, mas é rejeitado. Irado, jura vingar-se.
O faquir Magda Veyga avisa Nikia que Solor está à sua espera. O guerreiro pede a Nikia que parta em sua companhia.
A bailadeira concorda, mas pede a Solor um juramento de fidelidade diante do fogo sagrado. O sacerdote brâmane observa a cena.
Rajá se encontra muito satisfeito com o presente de Solor e oferece-lhe a mão da filha. O guerreiro, temendo recusar esta grande honra, e também enamorado da beleza de Gamsatti, aceita, esquecendo o voto sagrado feito a Nikia.
Segue-se a Festa do Fogo para celebrar o noivado. Entre as dançarinas estão Aiya, confidente de Gamsatti, e Nikia. O sacerdote brâmane conta ao rajá o que ouviu entre Solor e Nikia. Gamsatti ouve está conversa e apressa-se a contar Nikia. Esta se recusa a acreditar, mas a filha do rajá instante para que desista de Solor.
A bailadeira ataca Gamsatti com um punhal, mas é detida por um servo Aiya acalma a filha do rajá e se oferece para livrá-la de Nikia.
No casamento de Solor com Gamsatti. O rajá ordena que Nikia dance com as outras bailadeiras. Durante a dança, Aiya oferece a Nikia uma cesta onde está escondida uma serpente venenosa, que morde Nikia.
O faquir mata a cobra, e brâmane se oferece para salvar a bailadeira, desde que ela lhe pertença. Nikia recusa e continua dançando até morrer.
No reino das sombras. Solor está desolado pela morte de Nikia. O faquir procura distraí-lo com uns encanadores de serpentes. Solor adormece e sonha que visita, com Nikia, uma terra desconhecida. Surgem os espíritos das bailadeiras mortas.
Afinal Solor encontra Nikia e jura que nunca mais abandonará.
Paquita
Libreto de Paul Foucher e Maziilier
Música: Deldevez
Coreografia: Mazilier e Marius Petipa.
Estréia no Teatro Royal de Música, em 1º de abril de 1846.
Estão sendo realizados preparativos para uma festa que Dom Lopez oferecerá ao general francês. Este pega a mão de Dona Serafina, filha do governador, e a coloca na de seu filho Lucien. Não há uma aprovação amorosa.
Paquita aparece. Retira-se para um canto e olha para uma miniatura, que tirou do seio, e acredita representar seu pai.
Inigo manda Paquita passar o chapéu, o que a jovem faz de má vontade. Ao ver Lucien, ambos se sentem atraídos. Inigo ordena que Paquita dance mas ela se recusa.
Quando Inigo vai bater na moça, Lucien impede. Sem ser visto, Inigo roubara a miniatura de Paquita.
Esta fica transtornada quando dá por falta da miniatura e acusa Inigo. Lucien quer prendê-lo, mas o governador intervém.
Ficando a sós com Inigo, combina com o chefe cigano a matar Lucien e usar Paquita para atrair Lucien a uma armadilha.
Lucien propõem que a Paquita que fuja em sua companhia, mas ela recusa.
Em seguida, entra Dom Lopez com seus convidados. O governador anuncia a partida dos franceses. Lucien diz que irá mais tarde, pois terá de comparecer a uma festa dos ciganos em sua homenagem.
Paquita está sonhando com Lucien. Ao ouvir passos, esconde-se.
Entram Inigo e o governador, envolto em longa capa. Os dois combinam a morte de Lucien, colocando, antes, um narcótico em sua bebida. Quando o governador se retira, Paquita dá um passo em falso e é surpreendida por Inigo. Mas a jovem diz que acabou de chegar.
Entra Lucien e pede abrigo a Inigo, que concede. Paquita avisa ao jovem francês, por sinais, que ele corre perigo. Inigo sai com Paquita para preparar a refeição.
Sozinho, Lucien se dá conta de que está trancado e sem a espada. Durante a ceia, Paquita vai avisando Lucien se pode ou não beber o vinho. Quando é servido o vinho drogado, Paquita deixa cair os pratos e, na confusão, troca os copos. Inigo logo depois adormece.
Paquita avisa Lucien que está chegando a hora. Soa a meia-noite. Paquita e Lucien agarram-se à parede que, girando sobre seu eixo, os leva para fora, ao mesmo tempo deixa entrar os bandidos, surpreendidos ao encontrarem apenas Inigo adormecido.
O Conde d’Hervilly entra com o governador, a futura nora, e sua mãe, a Condessa. De repente, entram Paquita e Lucien. Este relata tudo o que se passou e diz que a cigana salvou sua vida. Olhando para o governador, Paquita diz que foi ele quem tramou com Inigo a morte de Lucien. O conde manda prender Dom Lopez e toda a sua comitiva. Depois, tirando a miniatura do seio – que recuperara de Inigo, quando este adormecera -, Paquita a compara com um retrato na parede, e diz que é seu pai.
O conde lhe diz que aquele retrato é de seu irmão que morrera no Vale dos Lobos numa cilada cigana. Paquita entende tudo; fora a única sobrevivente do massacre e seqüestrada por Inigo. O general francês abraça a sobrinha, e a Condessa leva-a para se vestir dignamente. O baile prossegue. Paquita retorna a dança que serve de prelúdio para o conjunto final.
O Lago dos Cisnes
Coreografia: Marius Petipa (1º e 3º atos) e Lev Ivanov (2º e 4º atos)
Música: Peter Ilyich Tchaikovsky
Estréia: 1895, em São Petersburgo
O Príncipe Siegfried está completando 21 anos, e a Rainha-Mãe disse ele deveria escolher uma noiva no baile de seu aniversário. Comemorou o aniversário com os amigos, e à noite, resolve sair para caçar. Ao se aproximar de um lago repleto de cisnes, o príncipe se prepara para atirar quando os cisnes se transformam em jovens princesas.
Odete, a Rainha dos Cisnes, dança com Siegfried e lhe conta que ela e as outras princesas são vítimas do feiticeiro Rothbart, que as condenou a viver como cisnes durante o dia, só voltando à sua forma normal da meia-noite ao amanhecer.
E o encanto só se quebrará quando um jovem de coração puro lhe jurar fidelidade. O príncipe declara seu amor e convida-a para o baile do dia seguinte, onde quebrará o encantamento, escolhendo-a para ser sua noiva.
No baile, a Rainha-Mãe lhe apresenta seis princesas, mas ele se mostra indiferente a elas, esperando ansiosamente por Odete. O baile está acontecendo até que um nobre chega num estrondo, que na verdade é Rothbart disfarçado com sua filha, Odile, metamorfoseada em Odete.
Siegfried dança com ela pensando ser sua amada, enquanto Odete, ainda em forma de cisne, tenta inutilmente chamar a atenção dele nas janelas do palácio.
O príncipe anuncia que já fez sua escolha, e só então percebe que ainda não era meia-noite e aquela não poderia ser Odete, mas era tarde demais, já havia dado sua palavra.
Desesperado, Siegfried corre para o Lago, onde encontra Odete junto às amigas. Os amantes se jogam no lago, e nesse momento, a magia é quebrada e o reino de Rothbart desmorona, matando-o.
O quebra nozes
Coreografia original: Lev Ivanov
Música: Peter Ilych Tchaikovsky
Estréia Mundial: 1892, em São Petersburgo, na Rússia
É festa de Natal na casa da família Stahlbaum. As crianças se divertem e Clara recebe do padrinho, Drosselmeyer, um boneco Quebra-Nozes.
No fim da festa, depois que todos já estão dormindo, Clara volta para a sala e adormece ao lado da árvore de Natal e de seu presente.
Sonha que um exército de ratos está invadindo a sua sala, mas o quebra-nozes a defende, comandando um exército de soldadinhos de chumbo. O Rei dos ratos acaba ferindo o boneco, que, desarmado, está prestes a perder a batalha quando Clara o salva atirando seu sapato nos ratos.
Drosselmeyer aparece em seguida e, num passe de mágica, transforma o boneco em um belo príncipe, que leva Clara ao Reino das Neves e ao Reino dos Doces. A Fada Açucarada, Rainha do Reino dos Doces, homenageia Clara com uma grande festa, onde todos os habitantes do seu reino dançam, representando as várias regiões. Por fim, a Fada dança um belo pas-de-deux com o príncipe, quando Clara começa a se sentir sonolenta até adormecer de novo.
Na manhã seguinte, quando acordam, a casal Stahlbaum encontra Clara dormindo embaixo da árvore, abraçada ao Quebra-Nozes. Ela sabe que seu presente de Natal foi uma linda viagem, em forma de sonho, e não apenas um boneco.